Diferenças entre edições de "Resolução de triângulos"

Da WikiCiências
Share/Save/Bookmark
Ir para: navegação, pesquisa
Linha 40: Linha 40:
 
Sabemos que para definir um triângulo precisamos conhecer três dos seus elementos, sendo um deles necessariamente um lado. Como estamos a considerar triângulos retângulos um dos ângulos já é conhecido, o ângulo reto, por isso bastam mais dois elementos. Exstem assim quatro casos possíveis.
 
Sabemos que para definir um triângulo precisamos conhecer três dos seus elementos, sendo um deles necessariamente um lado. Como estamos a considerar triângulos retângulos um dos ângulos já é conhecido, o ângulo reto, por isso bastam mais dois elementos. Exstem assim quatro casos possíveis.
  
<span style="color:green">'''1ºcaso'''</span> -  '''''São conhecidos a hipotenusa e um ângulo agudo'''''
+
 
 +
<span style="color:green">'''''1ºcaso'''''</span> -  '''''São conhecidos a hipotenusa e um ângulo agudo'''''
  
 
Neste caso, para determinar a amplitude do ângulo agudo desconhecido, usamos o facto de \(B\) e \(C\) serem ângulos complementares. Em seguida, usamos as fórmulas \(b=a \sin B\) e \(c=a \cos B\) para determinar o comprimento dos dois catetos.
 
Neste caso, para determinar a amplitude do ângulo agudo desconhecido, usamos o facto de \(B\) e \(C\) serem ângulos complementares. Em seguida, usamos as fórmulas \(b=a \sin B\) e \(c=a \cos B\) para determinar o comprimento dos dois catetos.
Linha 48: Linha 49:
  
  
<span style="color:green">'''2ºcaso'''</span> -  '''São conhecidos um cateto e um ângulo agudo'''
+
<span style="color:green">'''''2ºcaso'''''</span> -  '''''São conhecidos um cateto e um ângulo agudo'''''
  
 
Neste caso, para determinar a amplitude do ângulo agudo desconhecido, usamos o facto de \(B\) e \(C\) serem ângulos complementares. Em seguida, considerando o ângulo oposto ao cateto conhecido, sabemos que o seno desse ângulo é igual ao quociente entre o cateto conhecido (cateto oposto) e a hipotenusa, daí resulta que o comprimento da hipotenusa é igual ao quociente entre o cateto e o seno desse ângulo. Ou, se considerarmos o ângulo agudo cujo cateto adjacente é o cateto conhecido, sabemos que o cosseno desse ângulo é igual ao quociente entre o cateto conhecido e a hipotenusa, daí resulta que o comprimento da hipotenusa é igual ao quociente entre o cateto e o cosseno desse ângulo. Para determinar o terceiro lado do triângulo usamos o Teorema de Pitágoras.
 
Neste caso, para determinar a amplitude do ângulo agudo desconhecido, usamos o facto de \(B\) e \(C\) serem ângulos complementares. Em seguida, considerando o ângulo oposto ao cateto conhecido, sabemos que o seno desse ângulo é igual ao quociente entre o cateto conhecido (cateto oposto) e a hipotenusa, daí resulta que o comprimento da hipotenusa é igual ao quociente entre o cateto e o seno desse ângulo. Ou, se considerarmos o ângulo agudo cujo cateto adjacente é o cateto conhecido, sabemos que o cosseno desse ângulo é igual ao quociente entre o cateto conhecido e a hipotenusa, daí resulta que o comprimento da hipotenusa é igual ao quociente entre o cateto e o cosseno desse ângulo. Para determinar o terceiro lado do triângulo usamos o Teorema de Pitágoras.
Linha 55: Linha 56:
  
  
<span style="color:green">'''3ºcaso'''</span> -  '''São conhecidos a hipotenusa e um cateto'''
+
<span style="color:green">'''''3ºcaso'''''</span> -  '''''São conhecidos a hipotenusa e um cateto'''''
  
 
Para determinarmos o comprimento do terceiro lado do triângulo usamos diretamente o Teorema de Pitágoras. Conhecidos os três lados do triângulo, utilizamos as [[Relações trigonométricas num triângulo retângulo|razões trigonométricas]] para determinar a amplitude de cada um dos ângulos agudos.
 
Para determinarmos o comprimento do terceiro lado do triângulo usamos diretamente o Teorema de Pitágoras. Conhecidos os três lados do triângulo, utilizamos as [[Relações trigonométricas num triângulo retângulo|razões trigonométricas]] para determinar a amplitude de cada um dos ângulos agudos.
Linha 62: Linha 63:
  
  
<span style="color:green">'''4ºcaso'''</span> -  '''São conhecidos os dois catetos'''
+
<span style="color:green">'''''4ºcaso'''''</span> -  '''''São conhecidos os dois catetos'''''
  
  

Revisão das 22h57min de 18 de fevereiro de 2013

Referência : Não citável Esta página ainda não foi aprovada.
Autor: João Nuno Tavares e Ângela Geraldo
Editor: Colocar nome do editor



Índice

O que é resolver um triângulo

Em qualquer triângulo podemos considerar como elementos principais os seus três lados e os três ângulos internos e todos os outros elementos como elementos secundários, como por exemplo, as alturas, as medianas, o raio do círculo circunscrito, etc.

A resolução de triângulos consiste em determinar alguns elementos do triângulo a partir de elementos já conhecidos. Quando nos referimos a determinar os elementos queremos dizer determinar a medida desses elementos.


Resolução de triângulos retângulos

Relações entre os seus elementos

Considerando um triângulo retângulo \([ABC]\) e designemos por \(a\), \(b\) e \(c\) os lados desse triângulo e por \(A\), \(B\) e \(C\) os seus ângulos internos opostos a cada um dos lados, respetivamente.

Estes seis elementos do triângulo satisfazem relações importantes, tais como (considerando \(A=90º\)):

\[a^2=b^2+c^2 \quad \] (Teorema de Pitágoras)
\[B+C=90º \quad \] (ângulos complementares)

Pelas definições de seno e cosseno de um ângulo agudo sabemos que \(\displaystyle \sin B= \frac{b}{a}\) e \(\displaystyle \cos B= \frac{c}{a}\) donde resulta que, \(b=a \sin B \,\) e \(c= a \cos B\).


Como \(B\) e \(C\) são ângulos complementares temos ainda que \(\sin B= \cos C\) e que \(\cos B= \sin C\).

Resolução de triângulos retângulos

Sabemos que para definir um triângulo precisamos conhecer três dos seus elementos, sendo um deles necessariamente um lado. Como estamos a considerar triângulos retângulos um dos ângulos já é conhecido, o ângulo reto, por isso bastam mais dois elementos. Exstem assim quatro casos possíveis.


1ºcaso - São conhecidos a hipotenusa e um ângulo agudo

Neste caso, para determinar a amplitude do ângulo agudo desconhecido, usamos o facto de \(B\) e \(C\) serem ângulos complementares. Em seguida, usamos as fórmulas \(b=a \sin B\) e \(c=a \cos B\) para determinar o comprimento dos dois catetos.


Exemplo:


2ºcaso - São conhecidos um cateto e um ângulo agudo

Neste caso, para determinar a amplitude do ângulo agudo desconhecido, usamos o facto de \(B\) e \(C\) serem ângulos complementares. Em seguida, considerando o ângulo oposto ao cateto conhecido, sabemos que o seno desse ângulo é igual ao quociente entre o cateto conhecido (cateto oposto) e a hipotenusa, daí resulta que o comprimento da hipotenusa é igual ao quociente entre o cateto e o seno desse ângulo. Ou, se considerarmos o ângulo agudo cujo cateto adjacente é o cateto conhecido, sabemos que o cosseno desse ângulo é igual ao quociente entre o cateto conhecido e a hipotenusa, daí resulta que o comprimento da hipotenusa é igual ao quociente entre o cateto e o cosseno desse ângulo. Para determinar o terceiro lado do triângulo usamos o Teorema de Pitágoras.

Exemplo:


3ºcaso - São conhecidos a hipotenusa e um cateto

Para determinarmos o comprimento do terceiro lado do triângulo usamos diretamente o Teorema de Pitágoras. Conhecidos os três lados do triângulo, utilizamos as razões trigonométricas para determinar a amplitude de cada um dos ângulos agudos.

Exemplo:


4ºcaso - São conhecidos os dois catetos


O comprimento da hipotenusa pode ser determinado como Teorema de Pitágoras. Para se determinar a amplitude de cada um dos ângulos agudos usamos uma das razões trigonométricas.

Exemplo:

Resolução de triângulos quaisquer