Haplodiplonte - Ciclo de Vida

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Referência : Moreira, C., (2014) Haplodiplonte - ciclo de vida, Rev. Ciência Elem., V2(4):072
Autor: Catarina Moreira
Editor: José Feijó
DOI: [http://doi.org/10.24927/rce2014.072]
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O polipódio, conhecido vulgarmente como feto, é bastante comum em Portugal, habitando preferencialmente locais húmidos e escuros. Estas plantas possuem um sistema vascular formado por tecidos condutores. A planta adulta é formada por um caule subterrâneo (rizoma) e folhas pinuladas – megáfilos.

O polipódio reproduz-se assexuadamente por fragmentação vegetativa do rizoma e sexuadamente através da formação de esporos, uma vez que os fetos não produzem sementes.

Polypodium vulgare.jpg

Figura 1. Esquema de um polipódio (Polypodium vulgare) (de C.A.M. Lindman[1]).

1. Rizoma e raízes 2. Folha pinulada de um esporófito 3. Soros visíveis na página inferior de uma folha 4. Esporângio maduro a libertar esporos 5. Gametófito


Reprodução sexuada no polipódio

O polipódio é um ser haplodiplonte com fases haplóide – geração gametófita – e diplóide – geração esporófita – bem desenvolvidas.

Na época de reprodução, desenvolvem-se soros na páginas inferiores da folhas. Os soros são grupos de esporângios, estruturas de cor amarela, multicelulares que, quando jovens, contêm células-mãe de esporos. As células-mãe de esporos sofrem meiose e originam esporos (células haplóides) – meiose pré-espórica. Após um período de maturação os esporos são disseminados, pelo vento e por animais, dispersando-se por grandes áreas. Ao encontrarem condições favoráveis cada esporo germina e forma, por mitoses sucessivas, uma estrutura multicelular, fotossintética e de vida independente (planta adulta), o protalo. O protalo é uma estrutura haplóide que funciona como gametófito onde se diferenciam estruturas pluricelulares, os anterídios – gametângios masculinos, e os arquegónios – gametângios femininos. Nos anterídios formam-se os gâmetas masculinos – anterozóides, que possuem flagelos permitindo que se desloquem na água para alcançarem o arquegónio onde se formam os gâmetas femininos – oosferas.

A fecundação é assim dependente da água para que os anterozóides se desloquem, e ocorrerá no interior dos arquegónios, formando um zigoto diplóide (2n) que, por mitoses sucessivas, origina um esporófito (planta adulta diplonte) que desenvolve raízes permitindo-lhe ser independente do gametófito.


ciclohaplodiplo.jpg

Figura 2. Ciclo de vida haplodiplonte do polipódio


Palavras chave: ciclo de vida, gametófito, esporofito, haplonte, diplonte


Materiais relacionados disponíveis na Casa das Ciências:

  1. Ciclo de vida de um Feto, teste os seus conhecimentos sobre o ciclo de vida do polipódio
  2. Ciclo de vida da Cavalinha, conheça o ciclo de vida de uma planta esporófita.


Criada em 09 de Janeiro de 2011
Revista em 02 de Agosto de 2011
Aceite pelo editor em 06 de Janeiro de 2012