Electroforese (Química Biológica)

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Referência : Farinha, C.M., (2015) Eletroforese (Química Biológica), Rev. Ciência Elem., V3(4):238
Autores: Carlos Miguel Farinha
Editor: Pedro Alexandrino Fernandes
DOI: [http://doi.org/10.24927/rce2015.238]


A electroforese é um método de análise/separação de partículas carregadas que se baseia nas diferenças de mobilidade entre estas quando submetidas a um campo eléctrico.

Sob a ação de um campo eléctrico, o sentido do movimento de uma partícula depende da respectiva carga global: as que apresentam uma carga global positiva - catiões – movem-se para o eléctrodo negativo e as que apresentam uma carga global negativa - aniões – movem-se para o eléctrodo positivo. A velocidade de migração de uma partícula depende ainda de outros fatores além da carga, dos quais os mais relevantes são o tamanho e forma da partícula; a intensidade do campo eléctrico que é aplicado; e a natureza do meio de suporte.

As técnicas electroforéticas podem ser divididas em dois grandes grupos:

(i) electroforese de fronteira móvel (também chamada electroforese em solução livre), que se processa na ausência de um meio de suporte, quando uma solução tamponada das macromoléculas em estudo é sujeita a um campo eléctrico. Este foi o primeiro método de electroforese, desenvolvido pelo bioquímico sueco Arne Tiselius na década de 30 do séc.XX e que lhe valeria o Nobel da Química em 1948.

(ii) electroforese de zona, quando se utiliza uma matriz sólida saturada de solução tampão como suporte (papel, acetato de celulose, gel de agar, gel de de poliacrilamida). A existência do suporte aumenta a versatilidade da técnica e os componentes da amostra migram segundo zonas distintas separadas por electrólito (solução tampão).



Criada em 05 de Junho de 2012
Revista em 25 de Setembro de 2012
Aceite pelo editor em 25 de Setembro de 2012