Diagrama ou gráfico de barras

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Referência : Martins, E.G.M., (2018) Diagrama ou gráfico de barras, Rev. Ciência Elem., V6(1):023
Autor: Maria Eugénia Graça Martins
Editor: Maria Eduarda Silva
DOI: [http://doi.org/10.24927/rce2018.023]
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Diagrama ou gráfico de barras é a representação mais utilizada para visualizar a informação de um conjunto de dados qualitativos ou quantitativos discretos, organizados na forma de uma tabela de frequências. Para construir este gráfico, começa-se por desenhar um eixo horizontal (ou vertical), onde se assinalam as diferentes categorias ou classes presentes na tabela. Por cima (ou ao lado) de cada categoria ou classe, desenha-se uma barra com altura proporcional à frequência observada nessa categoria ou classe. Desenha-se ainda um eixo vertical (horizontal), onde se marcam as frequências.

Ao contrário das alturas das barras, que dão uma mensagem muito precisa, a largura das barras não transmite qualquer informação. Deve, no entanto ter-se em atenção que, no mesmo gráfico, as barras devem ter todas a mesma largura, pois as barras mais largas podem chamar mais a atenção, induzindo em erro.

No caso da representação de dados qualitativos, a ordem por que se colocam as barras é qualquer, exceto se existir uma ordem subjacente, como nos dados qualitativos ordinais, em que se respeita a ordem colocando, da esquerda para a direita as categorias, partindo da de menor nível para a de maior nível. Observe-se ainda que, no caso dos dados quantitativos discretos, no eixo horizontal (ou vertical) deve ser marcada a sequência completa dos valores entre o mínimo observado e o máximo observado, mesmo que algum esteja em falta no conjunto dos dados.

A principal vantagem dos gráficos, relativamente às tabelas, está na rapidez de leitura, pois permitem-nos ter uma perceção imediata de quais as categorias ou classes de maior e menor frequência, assim como a ordem de grandeza de cada uma relativamente às restantes.

Apresenta-se a seguir a distribuição das famílias clássicas* do continente, segundo a sua dimensão (Fonte: Resultados provisórios Census 2011 (http://www.ine.pt)):

Diagrama de barras MEugénia 1 1.png

Da tabela e gráfico anterior sobressai o facto de predominarem as famílias de dimensão 2 e de mais de 50% das famílias clássicas serem constituídas por 1 ou 2 indivíduos.

Quando se utiliza o gráfico de barras para comparar as distribuições de 2 (ou mais) conjuntos de dados, as alturas das barras devem ser iguais às frequências relativas, para que a soma das alturas das barras referentes a cada distribuição seja 1, tornando assim possível a comparação.

Apresenta-se a seguir a distribuição, segundo as variáveis estado civil e sexo da população do continente (Fonte: Resultados provisórios Census 2011 (http://www.ine.pt)):

Diagrama de barras MEugénia 2 1.png

A partir das tabelas de frequências anteriores construiu-se o seguinte diagrama de barras que permite comparar como se distribui a população masculina e feminina do continente, segundo o estado civil:

Diagrama de barras MEugénia 3 1.png

Do gráfico anterior concluímos que a percentagem de solteiros e casados é superior, respetivamente, à de solteiras e casadas, enquanto que a situação se inverte no que diz respeito aos divorciados e viúvos que são em menor percentagem.


*Consulte-se http://metaweb.ine.pt/sim/conceitos/conceitos.aspx para ver a definição de família clássica.



Referências

1. GRAÇA MARTINS, M. E., LOURA, L., MENDES, F. (2007) – Análise de dados, Texto de apoio para os professores do 1º ciclo, Ministério da Educação, DGIDC. ISBN:978-972-742-261-6. Depósito legal 262674/07.

2. GRAÇA MARTINS, M. E., PONTE, J. P. (2010) – Organização e tratamento de dados (http://area.dgidc.min-edu.pt/materiais_NPMEB/matematicaOTD_Final.pdf).



Recursos relacionados disponíveis na Casa das Ciências:

  1. Histograma;
  2. Estatística.




Criada em 04 de Fevereiro de 2012
Revista em 20 de Outubro de 2017
Aceite pelo editor em 25 de Fevereiro de 2018