Zona de sombra sísmica
Referência : Dias, A.J.G., Freitas, M.C.A.O., Guedes, F., Bastos, M.C., (2014) Zona de sombra sísmica, Rev. Ciência Elem., V2(4):258
Autor: A. Guerner Dias, Conceição Freitas, Florisa Guedes, Cristina Bastos
Editor: Manuela Marques
DOI: [http://doi.org/10.24927/rce2014.258]
Zona da superfície terrestre, onde, para um determinado sismo, não é possível registar ondas sísmicas directas.
A distância desta zona ao epicentro, expressa em função do ângulo epicentral, fica compreendida entre os 103º e os 142º e, expressa em quilómetros, localiza-se entre os 11 500 km e os 14 000 km de distância ao epicentro. Estes valores não são universalmente consensuais.
Em 1913, o alemão Beno Gutenberg, conseguiu demonstrar que a zona de sombra é devida a uma descontinuidade localizada a cerca de 2900 km de profundidade (descontinuidade de Gutenberg), que marca o início do núcleo externo, supostamente no estado líquido. Podem distinguir-se duas zonas de sombra sísmica:
- Zona de sombra para as ondas sísmicas P – as ondas P, tangentes ao núcleo externo, emergem até à distância de 103º e as que entram no núcleo são refractadas, indo emergir a distâncias iguais ou superiores a 142º;
- Zona de sombra para as ondas sísmicas S – as ondas S, tangentes ao núcleo externo, emergem até à distância de 103º e as que entram no núcleo são absorvidas, uma vez que este, supostamente líquido, impede a sua propagação.
Criada em 18 de Janeiro de 2010
Revista em 01 de Março de 2011
Aceite pelo editor em 02 de Março de 2011