Reino Monera

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Referência : Moreira, C., (2015) Reino Monera, Rev. Ciência Elem., V3(4):255
Autor: Catarina Moreira
Editor: José Feijó
DOI: [http://doi.org/10.24927/rce2015.255]


Nota do Conselho Científico da Casa das Ciências: Actualmente a classificação dos seres vivos aceite pela comunidade científica internacional é a proposta por Carl R. Woese e colegas em 1990, publicada numa revista científica da especialidade (ver artigo original, em inglês, disponível na internet em http://www.pnas.org/content/87/12/4576.full.pdf+html). No entanto, no programa de Biologia do Ensino Secundário atribui-se uma maior importância à classificação de Whittaker modificada em 1979. Neste artigo apresenta-se uma caracterização do Reino Monera de acordo com a classificação Whittaker de 1979.



O reino Monera inclui todos os seres vivos procariontes, divididos em dois grupos: Eubactérias e Arqueobactérias. As arqueobactérias têm paredes celulares sem peptidoglicanos, e membranas celulares com lípidos diferentes e com ribossomas semelhantes aos dos eucariontes. Alguns autores consideram-nos um reino à parte. As eubactérias são consideradas as verdadeiras bactérias.

Os organismos deste reinos são unicelulares, vivendo isolados ou em colónias. Os registos fósseis mais antigos datam de 3500 milhões anos, supondo-se serem o ancestral comum a todos os organismos.

Quanto à morfologia (forma) podem ser classificados em:

  • cocos – forma esférica (podem formar colónias de estreptococos ou estafilococos)
  • bacilos – forma de bastonetes
  • vibriões – em forma de vírgula
  • espirilos – em forma de espiral

Quanto ao tipo de nutrição:

  • autotróficos (foto ou quimioautotróficos) – as bactérias autotróficas sintetizam compostos orgânicos utilizando como fonte de carbono compostos inorgânicos (CO2 ou CO) e como fonte de energia a luz (fotoautotróficos) ou a energia resultante da oxidação de compostos orgânicos (quimioautotróficos).
  • heterotróficos (foto e quimioheterotróficos) – as bactérias que utilizam como fonte de energia a luz e como fonte de carbono compostos orgânicos para além de dióxido de carbono (fotoheterotróficos) ou bactérias que obtém energia da oxidação de compostos orgânicos (quimioheterotróficos).

As cianobactérias são fotoautotróficas, possuem pigmentos fotossintéticos – a clorofila a e as ficobilinas – localizados em lamelas fotossintéticas, já que não possuem cloroplastos. Quando se formam colónias de cianobactérias observam-se algumas células de maior tamanho – os heterocistos – especializadas na fixação de azoto, outra importante função destas bactérias.

Algumas espécies heterotróficas por absorção são importantes microconsumidores nos ecossistemas, cruciais em determinadas fases dos ciclos do azoto, do enxofre, do carbono ou do oxigénio. Um exemplo são as bactérias do género Nitrobacter que participam no ciclo do azoto.

Alguns procariontes são patogénicos, como a bactéria causadora da sífilis humana Treponema pallidum. Outros são utilizados na indústria alimentar, em processos de fermentação do iogurte, vinho, queijo etc, ou na produção de antibióticos como as bactérias do género Streptomyces.


O reino Monera num minuto:

  • organismos unicelulares procariontes, isolados ou em colónias
  • sem organelos membranares, o seu DNA, muitas vezes não está associado a proteínas do tipo histonas
  • autotróficos (fotossíntese ou quimissíntese) ou heterotróficos (absorção)
  • a maioria reproduz-se assexuadamente por divisão simples


Palavras chave: Classificação de Whittaker, procarionte, unicelular



Materiais relacionados disponíveis na Casa das Ciências:

  1. Movimentos nas Bactérias, como se movimentam as bactérias?


Criada em 9 de Setembro de 2010
Revista em 9 de Setembro de 2010
Aceite pelo editor em 15 de Setembro de 2010