Radiação cósmica de fundo
Referência : Bertolami, O, Gomes, C, (2017) Radiação cósmica de fundo, Rev. Ciência Elem., V5(3):045
Autores: Orfeu Bertolami e Cláudio Gomes
Editor: José Ferreira Gomes
DOI: [http://doi.org/10.24927/rce2017.045]
Resumo
A Radiação Cósmica de Fundo (RCF) é uma radiação fóssil, observada na região de micro-ondas do espectro eletromagnético, por ser um remanescente do Universo 375 mil anos após o Big Bang e a sua estrutura revela com grande riqueza de detalhes a história do Cosmos[1].
Em 1965, Arno Penzias e Robert Wilson, nos Laboratórios
Bell nos EUA, descobriram a RCF através da deteção de um ruído numa
radioantena que persistia apesar de uma cuidadosa inspeção do
equipamento. Esta radiação foi uma peça-chave na corroboração da teoria
do Big Bang, e tem sido estudada por vários satélites espaciais, como o
COBE, o WMAP e o Planck, uma vez que é extremamente rica em informação e
permite determinar muitas propriedades do Universo e o seu conteúdo.
Através da RCF sabemos que a geometria do Universo (este é
quadri-dimensional, isto é, tem 3 dimensões espaciais e 1 temporal),
correspondente à parte espacial é plana. Esta radiação permite-nos
também estimar, com base na teoria da gravitação de Einstein e
observações de supernovas distantes, que cerca de 68% da energia do
Universo está distribuída de forma ténue e uniforme por toda a parte, e
que por não se manifestar luminosamente, é designada por energia escura,
assim como também se consegue inferir que existe mais matéria que a
conhecida: a matéria escura.
Referências
- ↑ WEINBERG, S, Os Três Primeiros Minutos (Ed. Gradiva 1987).
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Criada em 15 de Setembro de 2017
Revista em 15 de Setembro de 2017
Aceite pelo editor em 15 de Setembro de 2017