Mostrar código-fonte de Isostasia (Teoria da)

<span style="font-size:8pt"><b>Referência : </b> Dias, A.J.G., Freitas, M.C.A.O., Guedes, F., Bastos, M.C., (2014) Isostasia (Teoria da), ''[http://rce.casadasciencias.org Rev. Ciência Elem.]'',  V2(2):297
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<span style="font-size:8pt"><b>Autor</b>: <i>[[Usuário:Guerner_parceria|A. Guerner Dias, Conceição Freitas, Florisa Guedes, Cristina Bastos]]</i></span><br>
<span style="font-size:8pt"><b>Editor</b>: <i>[[Usuário:MMarques|Manuela Marques]]</i></span><br>
<span style="font-size:8pt"><b>DOI</b>: <i>[[http://doi.org/10.24927/rce2014.297 http://doi.org/10.24927/rce2014.297]]</i></span><br>
<html><a href="https://rce.casadasciencias.org/rceapp/static/docs/artigos/2014-297.pdf" target="_blank">
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Teoria segundo a qual as massas continentais flutuam, em equilíbrio, num substrato mais denso e mais plástico.

Este conceito foi proposto por Dutton em 1889.

A isostasia permite explicar as compensações, em profundidade, dos relevos superficiais.
As [[Placa Tectónica|placas litosféricas]], de menor densidade, flutuam na [[Astenosfera|astenosfera]], constituída por materiais mais densos. Tal como dois pedaços de madeira, do mesmo tamanho mas com densidades diferentes, colocados num recipiente com água, ficam em equilíbrio, a flutuar, penetrando mais na água o pedaço com maior densidade, as massas litosféricas, rígidas, elevam-se ou afundam-se de acordo com a sua densidade e a do material da astenosfera que as suporta e no qual mergulham, de modo a manter um equilíbrio.

De acordo com o princípio da isostasia, blocos litosféricos sobrecarregados, por exemplo, por [[Sedimento|sedimentos]] ou pelo gelo de uma glaciação, mergulham na astenosfera de modo a atingirem o equilíbrio isostático. Pelo contrário, blocos litosféricos aliviados da sua carga devido, por exemplo, à erosão ou ao degelo, têm tendência a elevar-se.
A Escandinávia, durante a glaciação do período Quaternário, afundou-se em consequência da camada de gelo que a recobriu, com 2 a 3 km de espessura. Quando a glaciação terminou, o gelo foi desaparecendo e a Escandinávia começou a elevar-se, fenómeno que ainda hoje persiste, à velocidade de 1 cm/ano. 

O equilíbrio isostático ainda está longe de ser atingido. As pressões exercidas pelos diferentes blocos igualam-se a cerca de 60 km de profundidade pelo que, à superfície definida a esta profundidade, se dá a designação de '''superfície de compensação isostática'''.

Para explicar a ocorrência de anomalias gravimétricas negativas, detectadas em montanhas onde as grandes massas rochosas apontavam para um valor da aceleração da gravidade mais elevado, foram propostas duas hipóteses:

- '''Hipótese de Pratt''' - segundo a qual as montanhas correspondiam a zonas onde a litosfera teria dilatado e, portanto, quanto maior fosse a montanha, maior seria a dilatação e menor seria a densidade. Assim, em profundidade, existiria uma superfície de compensação onde o valor da gravidade seria homogéneo. Esta hipótese encontra-se hoje abandonada; 

- '''Hipótese de Airy''' - segundo a qual as montanhas correspondiam a elevações de massas rochosas com densidade constante (d=2,67) e, portanto, quanto mais elevada fosse a montanha, maior seria a sua penetração em profundidade na astenosfera, com densidade superior (d=3,3). Assim, as diferentes elevações na superfície terrestre seriam compensadas por diferentes penetrações em profundidade, pressupondo a existência de uma superfície de compensação.

Esta hipótese é a mais aceite actualmente pois também permite explicar a variação da espessura da [[Litosfera|litosfera]] terrestre, desde cerca de 70 km nos Himalaias, até cerca de 10 km nos oceanos.
[[Ficheiro:IsostPratt.png|400px|thumb|left|Fig.1 - Esquema da hipótese de Pratt]][[Ficheiro:IsostAiry.png|400px|thumb|right|Fig.1 - Esquema da hipótese de Airy]]
---- <br>Criada em 20 de Janeiro de 2010<br> Revista em 06 de Junho de 2011<br> Aceite pelo editor em 07 de Novembro de 2011<br>

[[Category:Geologia]]