Reprodução Assistida

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Referência : Moreira, C., (2014) Reprodução Assistida, Rev. Ciência Elem., V2(3):200
Autor: Catarina Moreira
Editor: José Feijó
DOI: [http://doi.org/10.24927/rce2014.200]


A reprodução assistida consiste na utilização de técnicas que auxiliam e permitem a reprodução nas situações em que naturalmente não é possível. Algumas dessas técnicas incluem: a inseminação artificial, a fertilização in vitro, a transferência intra-tubárica de gâmetas (nas trompas de Falópio), de zigotos ou embriões e a injecção intra-citoplasmática de espermatozóides.

Técnicas utilizadas:

  • inseminação artificial – transferência de espermatozóides, previamente, recolhidos, tratados e seleccionados, directamente no útero da mulher, na altura da ovulação. A fecundação dá-se in vivo nas trompas de Falópio.
  • fertilização in vitro – após recolha de espermatozóides e oócitos a fecundação é feita em laboratórioin vitro. A mulher submete-se a um tratamento hormonal com injecções de FSH e LH (ver entrada na Wikiciências para Regulação Hormonal dos Sistemas Reprodutores), que estimulam a maturação de vários folículos, havendo um acompanhamento da sua evolução. Quando os folículos estão no ponto óptimo de maturação a mulher recebe injecções de HCG (Hormona Gonadotropina Coriónica) para estimular o espessamento do endométrio. Antes da ovulação recolhem-se os oócitos directamente do folículo e a fecundação ocorre artificialmente in vitro. O embrião é posteriormente injectado no útero.
  • injecção intracitoplasmática de espermatozóides – injecção de um espermatozóide directamente no citoplasma do oócito, sem que o espermatozóide tenha de ultrapassar a zona pelúcida do oócito por ele mesmo.
  • transferência intratubárica de gâmetas – de forma artificial os oócitos e espermatozóides, previamente recolhidos, são injectados directamente nas trompas de Falópio, deixando-se que a fecundação ocorra naturalmente in vivo.
  • transferência intratubárica de zigotos - em mulheres com endometriose (o tecido do endométrio forma-se fora do útero), a fertilização do oócito é feita in vitro e o zigoto resultante é transferido para as trompas de Falópio.


As técnicas de fertilização são muitas vezes acompanhadas de outros procedimentos médicos, tais como:

  • diagnóstico genético pré-implantação - biópsia à zona pelúcida do embrião antes da sua implantação no útero. Extrai-se um único blastómero de um embrião com cerca de 6 a 12 células e efectua-se a sua caracterização cromossómica. Esta técnica permite o despiste de mutações cromossómicas ou génicas, bem como a determinação do sexo. Este procedimento é possível e legal em Portugal, quando há perigo de transmissão de doenças genéticas associadas ao sexo.
  • crioconservação de espermatozóides e embriões – conservação por congelamento rápido a baixas temperaturas recorrendo a azoto líquido (temperatura na ordem dos -196ºC) de espermatozóides e embriões.

Materiais relacionados disponíveis na Casa das Ciências:

  1. Controlo das células estaminais mamárias, como se faz o controlo hormonal das células estaminais
  2. Células estaminais mamárias, veja a estrutura da glândula mamária durante a gravidez.


Criada em 07 de Julho de 2011
Revista em 13 de Julho de 2011
Aceite pelo editor em 05 de Janeiro de 2012