Haplonte - Ciclo de Vida

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Referência : Moreira, C., (2014) Haplonte - ciclo de vida, Rev. Ciência Elem., V2(4):073
Autor: Catarina Moreira
Editor: José Feijó
DOI: [http://doi.org/10.24927/rce2014.073]
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A espirogira é uma alga verde, filamentosa, que habita ambientes de água doce (Fig 1). Estas algas podem-se reproduzir assexuada ou sexuadamente, dependendo das condições do meio. Em condições favoráveis, geralmente no inverno com maior abundância de água, os filamentos crescem e algumas porções soltam-se, por fragmentação, originando novos indivíduos independentes. Quando as condições são desfavoráveis, a espirogira reproduz-se sexuadamente.


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Figura 1. Tubo de conjugação entre duas células de dois filamentos de espirogira (de John Elson, http://www.3dham.com/microgallery/index.html).


Detalhes da reprodução sexuada em espirogira

Para ocorrer reprodução sexuada em espirogira é necessário que dois filamentos estejam suficientemente próximos para que haja contacto entre as suas células. Cada uma das células desenvolve uma protuberância – a papila – que cresce na direcção do filamento oposto, até se encontrarem as duas papilas. Quando se dá o contacto entre estes dois canais a parede e membrana celulares de ambas desintegram-se formando o tubo de conjugação, que permite a comunicação entre as duas células.

Numa das células dá-se a condensação do conteúdo celular – célula dadora – que irá migrar para a outra célula – célula receptora – através do tubo de conjugação (Fig.1). O gâmeta dador é assim transferido para o interior da célula receptora, onde se encontra o gâmeta receptor (imóvel), ocorrendo a fecundação com a fusão dos citoplasmas e dos dois núcleos haplóides, formando um zigoto diplóide (Fig.2).


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Figura 2. Zigoto da espirogira. (de Keysotyo, wikimedia commons)

Após a fecundação os filamentos desagregam-se e o zigoto segrega uma parede espessa e impermeável que o rodeia permitindo-lhe sobreviver em estado latente até as condições ambientais serem de novo favoráveis. Quando as condições são favoráveis o zigoto, em estado de latência, germina sofrendo uma meiose – meiose pós-zigótica – formando-se quatro núcleos haplóides. Destes quatro núcleos, três degeneram; a célula restante por mitoses sucessivas originará um novo filamento de espirogira – ser haplonte.

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Figura 3. Ciclo de Vida da Espirogira


Palavras Chave: meiose, ciclo de vida. mitose, fecundação



Criada em 09 de Janeiro de 2011
Revista em 12 de Janeiro de 2011
Aceite pelo editor em 06 de Janeiro de 2012